Ás vezes minto, não porque quero, quero proteger a verdade testando a minha lealdade para comigo mesmo. Minto porque sinto saudades, essa é a verdade.
Sou fraca contra mim mesmo, isso me torna mais forte? Estou escrevendo o diário da morte, minto dizendo que ainda estou vivo e eles acreditam, que sorte.
Eu tive um pesadelo, vi meu corpo sangrar, sangue que minava de mais profundo corte. Todos já esperavam a minha morte, acordei vivo minutos depois, que sorte. Sem nenhum corte, mas ensopado de sangue por debaixo da pele.
Febre de paixão, ela chega quente como uma daquelas tardes de verão, você espera pela chuva e ela queima a sua opinião. Você espera um beijo e lhe é entregue um coração. Dois crimes sem perdão. Se eu não parar de morrer, vou acabar morrendo.
Tem alguma coisa mudando, eu sei. Alguma coisa está acontecendo, talvez seja meus planos inocentes como o vento leve que os criou. Leve como a briza da manhã que está levando todos eles para longe. Estão indo embora, deixando do lado de dentro só eu e meu fiel lamento. Só lamento.
Como reviver algo que está morto a tanto tempo que nem eu mesmo me lembro de tê-los visto em vida? Quem morreu? Eu por deixar de acreditar? Eles pode deixarem de acreditar em mim? Muitas interrogações para poucas explicações.
Luz que mata a escuridão ou é a escuridão que mata a luz? E na falta desses dois elementos, quem mata quem? Quem abriga esse campo de batalha quando nenhum guerreiro está em campo?
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